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Libertar o génio colectivo
Reinventar a economia duma cidade não se faz numa noite! Começou por um ano de sensibilização: um festival de conferências, de projecções de filmes, de reuniões de informação, de conversações com a câmara municipal. E também de reticências face à mudança, "é demasiado tarde para agir", "falta o dinheiro necessário", "faltam-nos as competências necessárias"... Finalmente um entusiasmo progressivo e uma avalanche de ideias, como diz Rob.
Iniciada em 2005, a revolução verde pôs-se em andamento em Setembro de 2006, com o apoio da câmara. Foram constituídos dez grupos de trabalho que mobilizaram mais de um milhar de habitantes, para imaginar uma outra maneira de viver. Como quem conquista uma nova fronteira. Alimentação, habitat e construção, dependência do petróleo, economia local, novas formas de energia, transportes, educação, saúde e bem-estar, tudo foi analisado. Toda a gente foi convidada a exprimir os seus conhecimentos.
Verificou-se o que funcionava, e o que não funcionava. O que podia fazer-se de imediato, ou só mais tarde. Resumindo, um plano de acção afinado por uma comunidade inteira. Uma estratégia de mudança a realizar de um modo realista, durante 20 anos, para levar a cabo um programa de poupança energética, reduzir a dependência das energias fósseis, substituí-las pelo solar, o eólico ou a geotermia, e relocalizar o abastecimento de alimentos, sementes agrícolas, materiais de construção, e tudo aquilo que antigamente era de produção local e depois deixou de ser.
Ainda falta fazer muita coisa, mas a mutação está em marcha. Até 2030, o plano de transição deverá permitir à cidade desenvolver uma economia dinâmica e auto-suficiente, respeitadora do ambiente e autónoma em termos de energia. O adequado casamento das tecnologias modernas com o bom-senso do passado.
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