segunda-feira, 28 de junho de 2010

1º Congresso

A 7 e 8 de Agosto, terá lugar em S. Pedro do Rio Seco o 1º Congresso da Rio Vivo.
Em antecipação ao programa detalhado, a divulgar oportunamente, do congresso farão parte:
- oito palestras sobre temas como "comunidades de transição", história local, tradições populares locais, fauna e flora local, a solidariedade social em comunidades envelhecidas, a agricultura moderna intensiva e a questão alimentar, o primeiro prémio Riba-Côa, o mundo em mudança;
- percurso BTT na manhã do dia 8;
- passeio pedestre simultâneo;
- torneio do jogo do ferro, com prémios para jovens, adultos e seniores;
- exposição de fotografia antiga;
- sardinhada com animação musical no sábado à noite;
- sessão de encerramento pelas 17 horas de domingo, com breve actuação do Coro de Almeida.
- almoço no dia 8, domingo, mediante inscrição e custo de 10 Euros. ( O almoço do dia 7, sábado, é volante e gracioso).
Por forma a facilitar toda a preparação logística, o primeiro e mais urgente gesto dos sócios, dos amigos e demais interessados no evento, é a inscrição como participante no Congresso. Deverá indicar-se nome, morada, telefone, endereço e-mail e inscrição no almoço de domingo, se pretendida.
Isso poderá ser feito para qualquer dos seguintes endereços e-mail:
a.rio.vivo@gmail.com
jcarvalheira@netcabo.pt
jorgcarvalheira@netcabo.pt
j_s_carvalheira@hotmail.com

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Caminhada do Solstício

Toda a vez primeira tem os seus improvisos. E assim aconteceu com a Caminhada do Solstício em Riba-Côa, que teve lugar em S. Pedro no dia 19 de Junho, e só depois de terminada ganhou nome para o futuro.
Os caminheiros, que eram desassete e vieram do Norte, familiarizaram-se com a ASTA, conheceram a Rio Vivo, encantaram-se com Almeida e acabaram no dia seguinte a fazer um piquenique no São Roque do Côa, onde juraram voltar à procura dum milagre dos do Barroco Esperança.
O Amândio acompanhou-os e fez-lhes água na boca com um café na Bichoeira. A carrinha do Centro Social não precisou de intervir. E mais que justo é referir a colaboração do David, a trabalheira que a Ana desenvolveu, e a indispensável fraternidade do Tó Pigas e do Adalberto, que nenhum regateou.
Para o ano haverá mais, se mais cedo não calhar!

Congresso da Rio Vivo

Este é o primeiro anúncio do Congresso.
Brevemente apresentaremos o programa detalhado.

domingo, 20 de junho de 2010

O desastre do Golfo do México



O desastre que provocou a explosão da plataforma petrolífera "Deepwater Horizon" no Golfo do México, e danificou as tubagens de recolha, está a provocar o derramamento no mar de milhões de litros de crude por dia. Este desastre ambiental, já foi comparado, pelo seu impacto e gravidade, ao acidente de Chernobyl ocorrido na Ucrânia, e até ao 11 de Setembro. Os americanos estão atónitos, e alguns parecem mesmo aterrorizados com a situação que se vive. Sobretudo, com a incapacidade que a BP está a demonstrar em lidar com a situação. A mancha de crude já avançou para os "sapais" da costa, e ameaça destruir esses frágeis ecossistemas que são fontes de vida e onde se reproduzem muitas espécies marinhas.

Muitos já duvidam da capacidade da BP ser capaz de controlar o derrame, e já se fala que ele poderá continuar até o petróleo subjacente se esgotar naturalmente. Poderá ser necessária a intervenção da US Navy, e já há que advogue que se faça explodir uma bomba atómica de profundidade para selar o “buraco” por onde sai o petróleo. Os custos deste desastre são incalculáveis, e ainda há dias, Matt Simmons, o conhecido especialista de petróleo, declarou que esta situação, a não ser rapidamente resolvida, pode levar a BP à falência, tais são os custos e os processos judicias (mais de 6000!) que terá de suportar. Declarações que provocaram, de imediato, um rombo de mais de 10% nas acções da companhia.

Este catastrófico acidente vem colocar interrogações sobre a segurança da exploração de petróleo em jazidas submarinas, sobretudo de águas profundas. O presidente Obama já adiou por seis meses a concessão de licenças para novas perfurações ao largo da costa americana do Golfo do México. Desde há alguns anos que a exploração de petróleo em águas profundas tem vindo a aumentar, e ela já representa uma boa parte da actual produção de petróleo. As zonas onde existem estas explorações são o Golfo do México, a costa africana (Angola, Golfo da Guiné) e as promissoras bacias do litoral brasileiro ao largo de Santos. E admite-se que existam outras zonas com elevado potencial como é o caso das zonas polares a norte do Alasca e da Sibéria, e do “offshore” do Canadá e da Gronelândia.

Num mundo, marcado pela crise e pela incerteza, este caso vem ensombrar ainda mais o panorama da retoma da economia. E vem alertar para os problemas ambientais ligados à extracção de crude e de carvão. Casos menos mediáticos, mas tanto ou mais gravosos do que este, como sejam o da exploração das areias betuminosas da província de Alberta no Canadá, ou para a contaminação aquática na Nigéria, poderão, a partir de agora, ser trazidos para a ribalta, na sequência do que se passou no Golfo do México.

Quando trabalhamos na fronteira dos limites da complexidade, os riscos aumentam e as ocorrências anómalas e com consequências devastadoras, os chamados “cisnes negros”, aparecem com maior frequência. É como se existisse uma válvula de escape do planeta que funciona quando não somos mais capazes de controlar os riscos. A lembrar-nos, constantemente, que se não actuarmos na defesa do ambiente, a natureza actuará por nós…

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Luis de Sousa fala de energia

Foi no Colóquio de Pombal.
O vídeo foi gravado pelo Filipe Vilhena, e vale a pena ser visto.
Luís de Sousa é um estudioso e um grande especialista destes temas.
Ao João Leitão, que foi a alma do colóquio e disponibilizou o vídeo no Facebook, um agradecimento.

domingo, 6 de junho de 2010

A mobilidade


(cross post: Transição)

A minha avó paterna nasceu, cresceu e viveu numa remota aldeia da Beira Alta, e ali morreu com mais de 90 anos. A viagem mais longa que ela realizou – já no fim da vida – foi à cidade da Guarda, que dista cerca de 50 kms da aldeia natal. E, naqueles lugares, casos como este eram a norma desses tempos.

E num breve lapso de tempo de apenas duas gerações tudo mudou! Um dos aspectos que caracteriza o mundo global dos nossos dias, e o faz tão diferente do mundo da minha avó, é a grande mobilidade das pessoas. Mobilidade que hoje está associada, sobretudo, ao automóvel e ao avião. E, indirectamente, ao combustível que os faz mover: o petróleo.

A mobilidade transformou o nosso modo de viver, e modificou a própria paisagem, agora rasgada pelas grandes vias de comunicação, e balizada pelas luminárias das grandes cidades aeroportuárias. Fez nascer o turismo que é o sector que emprega mais gente a nível mundial, deu vida aos subúrbios das grandes cidades, criou o "Centro Comercial”, secundarizou a vizinhança, e desfez a pequena comunidade. O automóvel e o transporte aéreo, juntamente com o desenvolvimento das telecomunicações, foram os principais factores responsáveis pela urbanização e pela globalização.

E criámos, entretanto, uma extrema dependência dessa mobilidade. Os jovens começam a ter o seu carro logo aos 18 anos; viagens que antes se faziam a pé fazem-se hoje de carro, às vezes até mesmo viagens incrivelmente curtas. As casas de férias, o emprego longe das residências, só se justificam com o automóvel. As próprias cidades estão desenhadas para o automóvel e não para as pessoas. Quase toda a actividade económica depende da mobilidade, e do transporte de mercadorias que ela permite. Para os jovens de hoje, que não conheceram outros tempos, é muito dificil imaginar a vida sem automóvel e sem aviões.

Mas a mobilidade, tal como a conhecemos hoje, está ameaçada, e uma das consequências do "pico do petróleo" será a sua drástica redução. Não tenhamos ilusões: o automóvel eléctrico não será um sucedâneo do automóvel com motor de combustão interna, e não o vai substituir. Para o avião e para o camião de mercadorias não existem alternativas energéticas aos derivados do petróleo. A mobilidade, no futuro será, pois, muito mais reduzida. E, por causa disso, o mundo do futuro será muito diferente do mundo tal como hoje o conhecemos, e convém que nos vamos preparando para isso.

A minha avó nunca viu o mar, e o mundo dela era mais pequeno do que o nosso. Mas talvez só na aparência isso fosse assim. Ela conhecia as ervas do campo, sabia entender os sinais que prenunciam a chuva ou o bom tempo, palmilhava os caminhos até gastar as solas dos seus sapatos ou a madeira dos seus tamancos. Sabia cultivar a terra, e tinha uma burra preta. Criava galinhas, e bebia o leite de uma cabra que ela cuidava e os netos pastoreavam; secava as flores da macela, as flores do sabugueiro, e as folhas da cidreira, e fazia com elas o chá que tomava para tratar das suas mazelas. A minha avó não sabia o que eram férias, nunca recebeu reforma, nunca usufruiu das benesses de um serviço de saúde.

Mas por muita nostalgia que eu sinta ao recordar o mundo da minha avó, eu sei que não iremos regressar a ele. O tempo não volta para trás, e o mundo do futuro não será um “regresso ao passado”. Temos de encontrar uma nova forma de prosperidade. O caminho para ela existe, e, por isso, temos de acreditar que vale a pena fazê-lo.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Caminhada

A seu tempo terá S. Pedro o seu percurso de caminhadas (rota do contrabando ou outro) definido e marcado no terreno. Idem aspas para Almeida e redondezas, e a ponte velha do Côa, e as andanças do Massena. Rio Vivo há-de encarregar-se disso.
Em antecipação e improvisando um pouco, uma vez que a oportunidade surge e não deve perder-se, terá lugar a 19 de Junho a primeira caminhada, num percurso aproximado de 15 quilómetros. Os caminheiros virão da zona do Porto; a Rio Vivo organiza a logística; o Centro Social prometeu um carro-vassoura, que se espera não tenha que intervir; a ASTA disponibiliza alojamento e alguma alimentação, e será natural beneficiária das finanças resultantes.
Há ainda detalhes do percurso a aguardar definição, e falta conhecer o número final de caminheiros, pormenor determinante. Mas que isso não afaste os mais afoitos, já que é possível integrar-se no grupo, mesmo só para fazer o trajecto. Partida prevista de S. Pedro às 07H30, e regresso ao mesmo local.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Observação de aves

O que estava programado, em 22 de Maio, era um passeio de observação de aves em S. Pedro.
Mas tendo os activistas acordado tarde, de aves só puderam ouvir gorjeios e trinados. As ditas já estavam recolhidas à sombra dos carvalhos (cerquinhos, negrais, alvarinhos e outros), dos salgueiros e freixos e amieiros... e algum ulmeiro sobrevivente.
Ficaram-se com uma bela passeata. Mas ainda puderam ver, graças à diligência do Amândio, um ninho verdadeiro de andorinha dáurica (o que aqui se reproduz é um reles esquisso de manual). E lá no cimo dum pinheiro, a trinta metros de altura, um ninho de milhafre na margem da ribeira de Tourões. Ou seria de algum corvo?!
O almoço na Bichoeira foi tão opíparo, que não deixou tirar a coisa a limpo!

IV Feira

Nos dias 28, 29 e 30 de Maio, a Associação Rio Vivo esteve presente na IV Feira das Artes e da Cultura e Festa do Bacalhau, levada a cabo em Almeida.
Decorado com quadros de S. Pedro (uma vez que a cabrinha branca do mestre Chichorro também já é património da aldeia), o stand da Rio Vivo disponibilizou publicações e desdobráveis relativos à Associação, sua natureza, objectivos e realizações.
Divulgou-se o Prémio Riba-Côa 2010, e procedeu-se à angariação de novos sócios e à venda de obras de Ramos André e Fonseca Ramos, respectivamente de cariz etnográfico e monográfico.
Não poderá afirmar-se que o eco despertado no público da Feira (de resto relativamente reduzido) tenha sido retumbante. Nem isso era esperado.
Foi, porém, um momento importante, para expor e divulgar as preocupações e o espírito que motivam a Associação.